Muitos têm-nos perguntado sobre tatuagem e piercing. Os médicos, especialmente os dermatologistas, chamam a atenção para o perigo de transmitirem por tal via doenças graves como as hepatites e até mesmo a AIDS. Isto acontece porque freqüentemente os que realizam o piercing, a tatuagem ou a automutilação do corpo, às vezes não tomam as necessárias cautelas higiênicas: verifica-se que um adolescente em cada cinco é assim contagiado, ao passo que as adolescentes são duas vezes mais afetadas. Os piercings costumam ser fixados em partes do corpo muito impróprias: na língua, umbigo, nariz, sombrancelhas, ou até mesmo nos órgãos genitais. Seis ou sete anéis fixados através do pavilhão da orelha podem acarretar necrose da cartilagem. Do ponto de vista ético, a prática dos piercings e afins só pode ser rejeitada, pois contribui para afetar negativamente o corpo e a saúde dos usuários. A lei de Deus manda preservar a vida. Talvez alguém veja nessas modas a maneira de se proclamar membro de alguma facção ou discípulo de um grande mestre, mas sabemos que o fim não justifica os meios. A integridade corporal e a saúde não devem ser sacrificadas a modismos inconsistentes. Os pais devem orientar os filhos no sentido de viver segundo uma escala de valores acima de modismos e modelos exóticos e extravagantes, que prejudicam o autêntico desenvolvimento físico e moral dos adolescentes. A Revista Época, (n. 567, 30 março 2009, pg. 104/105) trouxe uma longa matéria sobre a tatuagem mostrando os seus perigos. Afirma a matéria que “as pessoas se cansam da tatuagem com a mudança de idade e de vida. A tatuagem da moda enjoa rápido; especialmente o nome da namorada, quando o namoro termina. Nos EUA a Academia de Dermatologia calcula que 70% dos tatuados se arrependem uma década depois”. A Revista afirma que o tratamento para retirar a tatuagem é doloroso e caro, a laser. “Era como se uma agulha fervendo tocasse minhas costas” (Lenita Frare). Para apagar a tatuagem terá de passar por cinco sessões de laser de cinco minutos ao longo de seis meses no mínimo com intervalos de 30 dias entre a sessões. Durante o tratamento Lenita não poderá tomar sol e deverá usar pomadas anti-inflamatórias. Diz a matéria que o empresário Luiz Felipe Carvalho, de 24 anos deve gastar R$10.000,00 para se livrar da tatuagem. “As pessoas que querem trocar de tatuagem, não apenas apagar, diz o dermatologista Cláudio Roncatti, um dos diretores da Sociedade Brasileira de Laser. O número de seus pacientes vem crescendo com a demanda crescente de arrependidos. “Uma sessão de laser custa R$300,00; algumas tatuagens demandam dois anos de sessões, uma por mês. “Na maioria dos casos fica um borrão no lugar da tatuagem”, diz o dermatologista Alexandre Fillipo. Ele atende 30 pessoas por mês que querem apagar a tatuagem”. No campo social nota-se que as tatuagens pesadas são muito usadas por jovens ligados ao rock pesado, crime, drogas, etc. Muitas vezes são pactos, consagrações, que são celebradas até com as forças do mal e das trevas. Aí então, piorou. A Bíblia proibia no Antigo Testamento toda forma de tatuagem porque eram usadas em formas de consagração a ídolos dos pagãos. . Lv 21, 5 – “Os sacerdotes não rasparão a cabeça, nem os lados de sua barba, e não farão incisões em sua carne”. Lv 19,28 - “Não fareis incisões na vossa carne por um morto, nem fareis figura alguma no vosso corpo. Eu sou o Senhor”. Dt 14, 1 - “Vós sois os filhos do Senhor, vosso Deus. Não vos fareis incisões, e não cortareis o cabelo pela frente em honra de um morto”. As tatuagens têm sua origem no mundo das magias e do esoterismo. A magia é uma artimanha que pretende forçar poderes superiores ou a própria Divindade a agir segundo a intenção do mago, e só ele, conheceria os meios para tal. O costume das tribos pagãs mais primitivas da África, ou da Polinésia, de tatuarem o próprio corpo, sempre causou horror aos povos civilizados. Além dos seus significados fetichistas, a tatuagem deforma o corpo de modo contrário à própria natureza humana, tornando-o feio e por vezes repugnante. Por exemplo, um dos métodos de tatuagem japonês era o tebori, que utilizava hastes de bambu, madeira ou marfim, e até 12 agulhas simultaneamente, e servia para marcar o corpo de criminosos, como punição. É usado como identificação pelos mafiosos daquele país.
Lee Anderson Rebouças CSR
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